Lisboa Games Week 2023
Lisboa Games Week 2023

O Lisboa Games Week (LGW) regressou para a 8ª edição com a promessa de áreas renovadas, mais atividades para os visitantes e um maior envolvimento da comunidade. A sequência de notícias que antecederam o evento criaram a expetativa de uma edição especial. O aumento da área de exposição, as zonas de arcade e de jogos de tabuleiro renovadas, e uma atenção especial a novos influenciadores, podia quer transmitir uma intenção de atualizar e modernizar o evento, para atrair um público mais amplo e diversificado, incluindo famílias, jogadores casuais e fãs da cultura pop. O evento decorreu entre os dias 23 e 26 de novembro na FIL, tendo alcançado 46 mil visitantes, segundo a organização.

Mas que avaliação fazem estes visitantes do Lisboa Games Week 2023? Será que o evento foi um sucesso, ou será que as expectativas foram demasiado elevadas? Deixamos aqui a nossa opinião depois de oito edições com uma conclusão que convida à reflexão.

O Lisboa Games Week reúne anualmente os fãs e entusiastas dos videojogos na Feira Internacional de Lisboa (FIL). Inaugurado em novembro de 2014 pela Fundação AIP, o LGW tem o objetivo de promover a indústria dos videojogos em Portugal e de proporcionar aos visitantes uma experiência única de entretenimento e diversão.

Lisboa Games Week 2023

Novembro é um mês incontornável para o Lisboa Games Week, que já se realiza todos os anos neste mês desde 2014. Inicialmente com a organização conjunta da Fundação AIP, responsável por várias feiras na sua casa em Lisboa, e da E2Tech, empresa com historia na organização de eventos de videojogos e esports em Portugal, a sinergia parecia perfeita, acontecendo várias edições ano após ano. Sem grandes novidades, mas com um evidente crescendo na oferta e qualidade do evento, o divórcio entre as duas organizações surge em 2019, com a E2Tech a abandonar a co-organização do LGW, deixando a Fundação AIP como única responsável pelo evento. Durante os anos seguintes, ambas as entidades organizaram os seus eventos de forma separada e em datas separadas.

Este ano, e pela primeira vez, o LGW e o MEO XL Games, o evento concorrente que decorreu na Exponor, em Matosinhos, aconteceram na mesma data. Uma coincidência pouco casual que não terá sido benéfica para nenhum dos eventos, não só para os visitantes, que tiveram de escolher qual dos eventos preferiam ir, na presença de algumas empresas, convidados e marcas, que tiveram de declarar a sua fidelidade, mas principalmente na promoção dos videojogos e do gaming em geral, que acabam por servir como moeda de troca numa disputa pelo título de “o maior evento de videojogos em Portugal”.

Lisboa Games Week e MEO XL Games

Na nossa opinião, a canibalização do setor impede o crescimento da indústria nacional, que se vê refém de uma consciência ainda muito generalizada de que os videojogos não são saudáveis, pertencem a uma faixa etária infantil e não merecem o respeito que outras formas de arte e entretenimento recebem. Enquanto não houver uma convergência de interesses e seriedade entre todos os agentes, dificilmente se poderá alcançar uma maior visibilidade e reconhecimento do potencial dos videojogos. Neste duelo, ninguém ficou a ganhar, muito menos os fãs dos videojogos.

O regresso

O LGW regressa à FIL em 2022, depois de dois anos de interrupção devido à Covid-19, mas não foi uma edição memorável. O espaço limitado a um só pavilhão, a falta das principais empresas do setor, escassos momentos de esports, e um foco excessivo no cosplay, levaram a que o evento parecesse fraco e desinteressante. O êxito de qualquer evento depende, naturalmente, da opinião dos seus visitantes que poderão sentir-se dececionados por terem ido a um evento que não lhes deu a merecida atenção.

Em 2023 chega a 8ª edição do LGW, desta vez com dois pavilhões como área total do evento. A duplicação do espaço permitiu uma melhor circulação dos visitantes e uma menor concentração de pessoas em cada zona. Por outro lado, este aumento não significou uma maior diversidade de stands que, aparentemente em menor número, pareciam isolados em pequenas ilhas, muitas vezes sem ocupar o espaço que lhes foi proporcionado.

Os visitantes do evento foram surpreendidos com uma mudança radical no mapa dos pavilhões, que não correspondia com o que foi anunciado semanas antes. Esta não foi a primeira vez que o evento apresentou essa falta de coerência.

Um dos aspetos negativos mais apontados pelos visitantes do Lisboa Games Week foi a ausência das grandes marcas da indústria do gaming, como a Sony, a Microsoft, a EA, a Ubisoft, a Riot Games, entre outras. Estas marcas costumam trazer novidades e lançamentos na área dos videojogos, bem como demonstrações, torneios e brindes. A sua falta foi sentida pelos visitantes, que se depararam com um evento sem grandes atrações e sem o glamour que se espera de um evento deste tipo.

Com uma solitária presença da Nintendo, que já teve stands maiores em edições anteriores, o gaming no LGW contou ainda com um espaço reservado aos estudantes de videojogos, que foi confusa e desinteressante. Esta área foi mal concebida e mal executada, sendo difícil de identificar e de compreender. Faltou uma valorização e uma promoção do espaço, onde cada participante teve de cuidar da decoração da sua banca, do equipamento e até da cadeira que teve de trazer de casa. Não é de estranhar, portanto, a atitude resignada e indiferente de alguns destes participantes, que muitas vezes não encontram vantagem na sua participação neste tipo de eventos.

Esta edição do Lisboa Games Week apresentou uma oferta limitada e repetitiva de conteúdos, que não correspondeu às expectativas e aos interesses dos visitantes. Faltaram conteúdos mais originais, criativos e educativos, que explorassem outras facetas dos videojogos, como a arte, a música, a narrativa, a história, a cultura, a ciência, a tecnologia, etc. Faltaram também conteúdos mais interativos, dinâmicos e participativos, que envolvessem os visitantes em atividades lúdicas, desafiantes e surpreendentes.

O mau aproveitamento do espaço e a fraca decoração que tornou o ambiente triste e semelhante a um armazém, desprovido de alma e identidade, foi um comentário repetido ao longo dos quatro dias do evento. O Lisboa Games Week não soube tirar partido do espaço que dispunha, sendo este pertencente à própria organização, habituada a organizar outras feiras no mesmo local, tendo por isso uma responsabilidade extra na boa utilização das áreas. O que encontrámos foram demasiados espaços vazios, mal distribuídos e erradamente iluminados. A decoração foi pobre e sem graça, sem elementos que remetessem para o universo dos videojogos, como cores, imagens, sons, símbolos, etc. O ambiente foi triste e desmotivador, sem a energia, a alegria e a magia que se espera de um evento deste tipo. Toda a decoração foi deixada ao critério de cada marca presente, sem nenhum fio condutor que ligasse os vários stands ou áreas do evento.

Lisboa Games Week 2023

A falta de atividades promovidas pela própria Fundação AIP, a responsável pelo Lisboa Games Week, deixou toda a iniciativa ao discernimento de cada stand. Isto resultou numa oferta desorganizada, desequilibrada e desinteressante, que não cativou os visitantes. Faltaram atividades coordenadas, integradas e diversificadas, que abrangessem diferentes temas, públicos e objetivos, que criassem sinergias entre os stands e que dessem uma identidade ao evento.

A ausência de momentos de esports no número e variedade de torneios foi criticada pelos fãs. Os esports são uma das vertentes mais populares e competitivas dos videojogos, que envolvem milhões de fãs e jogadores em todo o mundo. Um evento como o Lisboa Games Week deveria apostar nesta área, promovendo torneios de diferentes jogos, categorias e níveis, com prémios e transmissões ao vivo. A falta de torneios de esports foi uma desilusão para os visitantes, que esperavam ver e participar em competições de alto nível e emoção. De lembrar que a Riot Games cancelou as finais dos seus torneios no Lisboa Games Week a poucos dias do evento, não havendo qualquer atividade alternativa.

O evento contou com a presença de várias marcas ligadas ao universo dos videojogos, mas também de algumas que não tinham uma relação direta com o tema, limitando-se a fazer publicidade aos seus produtos e serviços, que já são conhecidos e acessíveis fora do evento.

Estas últimas ocuparam espaços que poderiam ter sido aproveitados por outras marcas mais alinhadas com o perfil e as expectativas dos visitantes, que procuravam novidades e experiências relacionadas com o gaming.

Entre as marcas que não se destacaram no evento, estava a Marvel, uma gigante do entretenimento que produz filmes, séries, comics e videojogos de sucesso mundial. A Marvel limitou-se a exibir alguns posters do seu novo filme “The Marvels”, sem oferecer qualquer tipo de interação ou atividade aos visitantes. Não houve nenhum conteúdo referente aos videojogos da Marvel, que incluem títulos como Spider-Man, Avengers, Guardians of the Galaxy, entre outros. Também não houve nenhuma forma de envolver os fãs da Marvel, como jogos, quizzes, concursos, ou outras dinâmicas.

Outra marca que não correspondeu às expectativas foi a Red Bull, uma das líderes do mercado de bebidas energéticas, que patrocina vários eventos de esports pelo mundo, e inclusive em Portugal. No LGW, a Red Bull apenas vendeu as suas bebidas num stand, onde também havia um jipe da marca. O jipe sugeria que haveria alguma animação musical, mas isso não se verificou durante a nossa visita em plena hora de ponta do evento.

Lisboa Games Week 2023

Uma das atrações que mais surpreendeu foi o stand Morangos com Açúcar, que contou com a presença de alguns atores da novela. O stand não chamou à atenção da maioria dos visitantes, que não viam nenhuma relação entre a novela e o gaming. A novela é produzida pela See My Dreams Productions, que pertence ao grupo Media Capital, o mesmo que controla a TVI, a Media Partner do Lisboa Games Week. Esta ligação pode justificar a presença do stand no LGW, mas não a sua relevância.

Lisboa Games Week 2023

Um dos stands mais destacado no evento foi o da Cupra, uma marca de automóveis que apresentou o seu novo modelo em exposição. O stand não teve nenhuma ligação com o gaming a não ser pela presença de dois simuladores de corrida automóvel e a participação de um influenciador digital português que interagiu com os fãs numa sessão de Meet & Greet.

A área de refeições ofereceu uma boa diversidade de opções gastronómicas. Foi instalada dentro do pavilhão, levando em conta as condições climáticas desfavoráveis de novembro. Ainda assim, os visitantes puderam contar com outras alternativas na parte exterior. Esta foi uma boa novidade em relação a edições anteriores.

Lisboa Games Week 2023

No mesmo pavilhão, o stand da Marinha Portuguesa ou do Exército Português, não chamaram a atenção do público. Os representantes dessas instituições demonstraram desânimo e alguns chegaram a abandonar o stand antes do fim do evento.

Neste pavilhão a animação esteve a cargo da Underdog Corp, uma organização multigaming portuguesa criada em 2021. Apesar do stand pequeno, a Underdog Corp esmerou-se em oferecer atividades aos visitantes exigentes que procuravam algum divertimento. Uma iniciativa que contrastou com outros stands maiores que não souberam aproveitar o espaço ficando muitas vezes vazios.

Lisboa Games Week 2023

Um aspeto positivo foi a melhoria da área dos Arcades, trazida pela Bip Diversões, que incluiu, pela primeira vez, máquinas modernas, além das clássicas. Esta área foi uma das mais procuradas e apreciadas pelos visitantes, que puderam experimentar jogos antigos de diferentes géneros. Foi uma forma de homenagear a história dos videojogos e de proporcionar momentos de diversão e nostalgia. No entanto, as máquinas não tinham qualquer supervisão de limite de tempo para jogar. Muitos fãs ficaram sem experimentar as máquinas de pinball e as Candy Cabinets Japoneses, que eram novidade nesta edição. O retrogaming completou-se com o Museu LOAD ZX Spectrum, que levou alguns exemplares das consolas mais antigas.

Os Jogos de Tabuleiro receberam muita atenção. O espaço pareceu-nos, no entanto, apertado, com mesas muito próximas, tendo em conta a disponibilidade de espaço no pavilhão.

Numa área dedicada à experimentação de jogos, estavam disponíveis dez consolas PlayStation 5 com o FC 24, o mais recente lançamento de futebol da EA. A oferta de jogos e plataformas pareceu-nos limitada, a área não tinha nenhum elemento decorativo, além de um painel com o logótipo do evento e uma estrutura metálica que sustentava os monitores.

Esperava-se que nesta área estivessem também disponíveis outras plataformas, como o PC e a Xbox Series X|S, e outros jogos mais variados, uma decoração mais adequada e atraente e lugares para sentar. Na nossa opinião, o Lisboa Games Week devia ter investido mais nesta área, tendo em conta o seu objetivo que é a promoção dos videojogos e os novos lançamentos, inseridos numa experiência única de entretenimento e diversão.

Lisboa Games Week 2023

A presença de um ringue de wrestling em pleno evento de videojogos pareceu-nos confusa e desnecessária. Os lutadores não usavam nenhum figurino inspirado em personagens de jogos, nem havia nenhuma decoração temática no ringue. Também não foram realizadas atividades ou demonstrações que envolvesse os videojogos e o wrestling. Com tantos videojogos dentro do género luta, como o Mortal Kombat, Street Fighter, Super Smash Bros, ou até o próprio WWE 2K, o potencial seria imenso.

Lisboa Games Week 2023

O stand da Liga Portugal em colaboração com o Cartão Jovem tinha como atração principal uma Led Wall que funcionava como um jogo interativo. Os visitantes podiam chutar uma bola contra a parede digital e participar mum jogo do galo, ou em alternativa tentar marcar golo a um guarda-redes virtual. No stand, também estavam expostos a taça da eLiga e a bola oficial da Liga. O stand destacava-se pela sua simplicidade, mas também pela capacidade de entreter os visitantes, ao contrário de outros que não ofereciam nenhuma atividade dinâmica.

Lisboa Games Week 2023

O Lisboa Games Week organizou algumas conferências (Talks) sobre temas relacionados com os videojogos, como a gamificação e a IA no ensino, o bullying nos videojogos, e a indústria dos esports, entre outros. No entanto, estas conferências foram realizadas num palco quase improvisado em pleno pavilhão, sem qualquer isolamento acústico ou visual. O som das conferências foi abafado pelo ruído do evento, tornando difícil ouvir e compreender os oradores. O aproveitamento das conferências foi muitas vezes perturbado com as pessoas que passavam junto às cadeiras, distraindo e incomodando os oradores e os espectadores. Faltou um local próprio e adequado para as conferências, que garantisse as condições necessárias para uma boa comunicação e uma boa receção.

Lisboa Games Week 2023

O Lisboa Games Week não disponibilizou nenhuma zona de descanso para os visitantes, que tiveram que se sentar no chão ou nas cadeiras do palco principal, quando precisavam de fazer uma pausa. Faltaram espaços confortáveis, acolhedores e relaxantes, que permitissem aos visitantes recuperar as energias, conversar com os amigos, apreciar o ambiente ou simplesmente descansar.

Lisboa Games Week 2023

Por outro lado, os professores que acompanhavam os alunos nas visitas de estudo, tiveram, pela primeira vez, uma área reservada de descanso com oferta de snacks e bebidas. A zona VIP, também oferecia snacks e bebidas, estava reservada a alguns participantes. Estas duas áreas pareceram-nos discriminatórias para o visitante comum e não fazem sentido estarem situadas em plena feira.

O LGW contou com a colaboração de vários micro-influenciadores nas redes sociais, que fizeram a divulgação prévia do evento. No entanto, esses influenciadores não tiveram o reconhecimento esperado durante o LGW. Apesar de alguns serem anunciados como embaixadores do evento, não existiram espaços exclusivos para que eles pudessem interagir com os seus fãs.

O evento teve a participação de muitos cosplayers, que se vestiram como personagens de filmes, séries, animes, mangas ou videojogos. O Cosplay é uma expressão artística e divertida, que celebra os personagens preferidos dos fãs, e é frequente em eventos de cultura pop, como a Comic Con ou o Iberanime, onde se encaixa melhor. O Cosplay é cada vez mais frequente em eventos de entretenimento, onde é apreciado e pertinente. No entanto, o Lisboa Games Week deu um destaque excessivo ao Cosplay, ocupando uma grande parte do seu espaço e programação com esta atividade, que se tornou o tema central do evento.

Foram mais de 1000 cosplayers inscritos, concursos de Cosplay que dominaram o palco principal nas tardes de sábado e domingo, os dias mais movimentados do evento, e uma área que acolheu os cosplayers e o fotógrafo convidado, mas que estava desorganizada e confusa. Muitos visitantes acharam que o Cosplay teve uma presença excessiva e desproporcionada no evento, que se afastou do seu objetivo principal, que são os videojogos. A maioria, no entanto, concordou que o Cosplay não era inadequado para o LGW, mas que faltaram outros temas que fossem igualmente valorizados.

No mesmo espaço, a Artist’s Valley resumiu-se a dois pequenos corredores, escondidos atrás de paredes improvisadas, o que não permitiu uma boa promoção destes artistas, do seu trabalho, nem a fácil circulação dos visitantes. Tendo em conta o espaço vazio do pavilhão, a área Artist’s Valley podia ter sido melhor inserida no evento.

O Serviço Educativo do LGW, uma colaboração entre a Fundação AIP e a Direção-Geral da Educação, tem como objetivo apresentar aos jovens estudantes de todo o país a variedade de oportunidades educacionais na área de jogos digitais e tecnologias relacionadas.

As escolas programam visitas de estudo ao evento, trazendo dezenas e, por vezes, centenas de alunos para Lisboa. Estes alunos participam em ações de formação e workshops na área dos jogos digitais. Estas atividades são realizadas em salas fora do recinto do evento e são exclusivas para os alunos inscritos, com um limite de 8 a 14 participantes por sessão, tornando-as inacessíveis e irrelevantes para o público geral.

Embora estas iniciativas possam ser valiosas para os alunos que participam, não acrescentam valor à experiência do visitante comum do LGW. Portanto, a associação do Serviço Educativo ao LGW pode não parecer relevante, considerando que não atende às expectativas do público em geral.

Idealmente, o Serviço Educativo deveria estar integrado no evento principal, permitindo a participação de todos os interessados, ou então ser completamente dissociado do LGW, para evitar confusões e desapontamentos.

Conclusão

O Lisboa Games Week 2023 foi um evento que deixou muito a desejar, tanto em termos de qualidade como de quantidade. O evento não soube aproveitar o potencial e a diversidade dos videojogos, apresentando uma oferta limitada, repetitiva e desinteressante, que não correspondeu às expectativas e aos interesses dos visitantes. O evento não soube valorizar e promover os videojogos como uma forma de arte, de cultura, de educação, de tecnologia, de entretenimento e de socialização, que envolve e apaixona milhões de pessoas em todo o mundo. O evento não soube criar um ambiente agradável, divertido e mágico, que fizesse os visitantes sentirem-se bem-vindos, envolvidos e surpreendidos.

A presença de stands pouco ou nada relacionados com o gaming só surpreende pela ausência de mais oferta inserida na temática do evento, caso contrário, a diversidade de conteúdos nunca seria demais, especialmente quando estes estiverem direcionados a um público fã da cultura pop e dos videojogos.

O Lisboa Games Week de 2023 foi um evento que falhou em vários aspetos, que precisa de melhorar em muitos pontos e que tem muito a aprender com outros eventos do mesmo género, especialmente as suas congéneres internacionais como a Paris Games Week, Madrid Games Week, Milan Games Week, Games Week Berlin e London Games Festival.

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