PITCH, a competição de startups do Web Summit, reúne as principais startups em estágio inicial para uma batalha ao vivo no palco. Este ano, 105 das 2296 startups expositoras no Web Summit competiram nas várias rondas do PITCH. A final, realizada no Palco Central do Web Summit, viu a Theneo coroada como vencedora de 2022, com a Gataca, uma startup de soluções de software empresarial de Espanha, e a Biome Diagnostics, uma startup de tecnologia médica e farmacêutica de Áustria, a terminarem como vice-campeãs.
As três finalistas foram apresentados a um painel de jurados composto pelo presidente da Y Combinator, Geoff Ralston, o cofundador e CEO da Monte Carlo, Barr Moses, a sócia fundadora e CEO da 500 Global, Christine Tsai, e Bettina Rotermund, da Siemens Xcelerator – todos pesos pesados no mundo dos investimentos e startups.
Theneo é uma plataforma de IA que permite aos utilizadores importar coleções de APIs, arrastar e soltar comandos e convertê-los numa variedade de linguagens de programação. Como uma ferramenta de API, a Theneo é projetada para todos os membros da equipa, desde programadores até membros não técnicos.
Ana Robakidze, fundadora e CEO da Theneo:
“O engraçado é que, no ano passado, não entrámos na competição PITCH. Eu estava a assistir como participante e disse: ‘Um dia, quero estar lá no palco’. Não esperava chegar às semifinais este ano, mas aconteceu, e depois as finais. Parece surreal!”
A Theneo contraria a tendência dos últimos três anos, durante os quais os vencedores do PITCH – Smartex, Lalibela Global – Networks e Nutrix, foram todas startups de tecnologia médica. No que respeita a financiamento, a CEO da Theneo adiantou que já conseguiu angariar 1,5 milhões de dólares em financiamento pré-seed até agora.
“Somos a primeira empresa georgiana a chegar tão longe em qualquer tipo de grande competição de startups. Sinto que este feito está para além de mim ou da minha empresa. Também representa muito para o meu país. Infelizmente, poucas pessoas conhecem o ecossistema de startups na Geórgia. Há tantas startups interessantes e sinto que também as estou a representar”, disse Ana Robakidze.
Já a vencedora do PITCH do ano passado, a Smartex – uma empresa de tecnologia médica do Porto – revelou no palco da Web Summit, que conseguiu 25 milhões de dólares durante a ronda de financiamento da Série A.
Road 2 Web Summit
Com 200 candidaturas, das quais foram selecionadas 100, foi a portuguesa Musiversal a vencedora do prémio de ‘startup mais promissora’, enquanto a Windcredible ganhou o prémio de startup com melhor desempenho no Bootcamp.
O anúncio da Startup Portugal revelou ainda que mais de metade (55%) das startups candidatas têm base em Lisboa.
O R2WS é um programa organizado pela Startup Portugal e Web Summit que seleciona as melhores startups jovens para representar Portugal no maior evento de tecnologia do mundo.
A Musiversal é uma tecnológica que permite aos criadores de música produzirem as suas obras com músicos de todo o mundo, através de transmissão ao vivo, tendo sido a vencedora do prémio de 15.000 euros para a ‘startup mais promissora’ do Road 2 Web Summit.
Xavier Jameson, cofundador e administrador da Musiversal:
“Estamos abertos a investimentos e a escalar para sermos o próximo unicórnio português.”
Já a Windcredible, criadora de microgeradores eólicos para aplicações urbanas, industriais e rurais, venceu o prémio de ‘startup com melhor desempenho’ no Bootcamp, no valor de 5.000 euros.
Segundo Filipe Fernandes, fundador da Windcredible, o microgerador tem capacidade de produzir 2,7 megawatts/hora por ano, metade do consumo de energia de um lar, e refere ainda que a ideia será comercializá-lo o mais rápido possível.
Durante a Web Summit, o CEO da Startup Portugal destacou, na conferência de imprensa, que o grupo escolhido este ano para representar Portugal na cimeira tecnológica é “muito diversificado”, de todo o país, e que, em conjunto, já juntaram mais de 11 milhões de euros.