Lisboa recebeu de 1 a 4 de novembro de 2021 a Web Summit, uma das maiores conferências sobre tecnologia do mundo.
O evento, que ocupou a FIL – Feira Internacional de Lisboa e o Altice Arena, teve a participação de mais de 42 mil pessoas e contou com várias palestras de especialistas mundiais, reuniu startups e empreendedores. O encontro facilitou negócios numa área onde as oportunidades de investimento se cruzam entre ideias, produtos e serviços numa indústria digital com abrangência mundial.
A Web Summit foi o grande palco de apresentação de startups de todo o mundo onde puderam mostrar os mais inovadores produtos. Um destes palcos foi a “PITCH“, uma competição patrocinada pela Siemens que contou com 650 das 1519 startups presentes na FIL.
Entre os jurados da “PITCH” deste ano estavam Sarah Kunst da Cleo Capital, Wesley Chan da Felicis Ventures e Alf Franzoni da Siemens.
Depois de uma pré-seleção das startups mais interessantes, seguiram-se três dias de apresentações em palco onde o porta-voz de cada uma das 75 startups selecionadas teve a oportunidade de expor as suas ideias em apenas 4 minutos. Por fim, as startups finalistas subiram ao Centre Stage do Altice Arena, para uma avaliação final.
A “PITCH” está aberta a startups presentes na Web Summit que receberam menos de 3 milhões de euros em financiamento até o momento da competição e não tiveram uma mudança percetível no modelo de negócio nos últimos três anos.
A grande vencedora desta “PITCH” foi a startup Smartex. Uma empresa que nasceu na incubadora da Universidade do Porto (UPTEC). Atualmente com escritórios em São Francisco, nos Estados Unidos da América, a empresa de António Rocha, Gilberto Loureiro e Paulo Ribeiro, desenvolve sensores, câmaras e acelerómetros que, através de sistemas de visão computacional e de inteligência artificial, podem detetar defeitos nos tecidos logo a partir da tecelagem. Esta tecnologia foi inicialmente testada nas fábricas da Rifertex e da João António Lima Malhas, ambas em Barcelos.
A plataforma que reduz os desperdícios de têxteis durante o processo de fabrico já assegurou contratos na ordem dos 2,6 milhões de euros, e pretende expandir para outras indústrias com problemas semelhantes, como a do papel e do plástico.
A Smartex pretende, como referiu um dos fundadores, António Rocha, “fornecer produtos de excelência com tecnologia de ponta para as indústrias tradicionais e, por meio de inovação, continuar a melhorar as operações dessas indústrias e, o mais importante, contribuir para uma indústria mais sustentável e transparente.”
